quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Notícia sobre Desassociação do GRIT da Associação ILGA Portugal - Público, São José Almeida

03.02.2011 - 12:28 Por São José Almeida
O GRIT - Grupo de Reflexão e Intervenção Sobre Transexualidade vai autonomizar-se da ILGA e formar uma associação autónoma de representação e de luta pelos direitos das pessoas transexuais.
Luísa Reis, da direcção do GRIT e que está na direcção da formação da nova associação, explicou ao PÚBLICO que esta decisão surge agora, no âmbito da aprovação pela Assembleia da República da Lei de Identidade de Género. “O GRIT tomou a decisão porque achamos que estamos num ponto fulcral do nosso percurso” afirmou Luísa Reis, acrescentando: “Esta lei vai trazer mais visibilidade e permitir que as pessoas transexuais se associem. Nesta fase, é preciso já que o activismo seja próprio.”
O GRIT nasceu em 2006, após o assassinato, no Porto, da transexual Gisberta Salce. E tem trabalhado no seio da ILGA – Portugal, associação de direitos de Lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e trangéneros.
Agora com a nova lei que, apesar de vetada pelo Presidente da República, está em vias de ser reconfirmada parlamentarmente, as pessoas que se organizam no GRIT encaram esta nova fase do seu activismo.
A nova associação, à semelhança do actual grupo, representará apenas transexuais e não transgéneros. E manterá o seu objectivo de luta por direitos, mas também de luta pela “conquista de visibilidade pública e pela divulgação e explicação do que é a transexualidade”, explicou ao PÚBLICO Júlia Pereira, do GRIT. Esta activista sublinhou também a importância do trabalho do GRIT e da nova associação no “apoio às pessoas transexuais”.

 
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